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Como as redes de pesca viraram um dos maiores vilões do oceano 🌊

Como as redes de pesca viraram um dos maiores vilões do oceano 🌊

Uma rede que prende mais do que peixes

Durante séculos, a pesca foi uma atividade essencial para a humanidade — não apenas como fonte de alimento, mas como parte da identidade de inúmeras comunidades costeiras. As redes de pesca, por sua vez, eram tradicionalmente feitas de materiais naturais, como algodão, sisal ou cânhamo. Esses materiais tinham uma vantagem ecológica: se uma rede se perdia no mar, ela se degradava naturalmente com o tempo.

No Brasil, as redes de algodão ainda são lembradas por pescadores mais antigos, especialmente em comunidades tradicionais. Elas exigiam cuidados constantes, como lavagem e secagem ao sol, mas faziam parte de uma rotina de respeito ao tempo do mar.

A revolução do plástico

Na década de 1950, a indústria petroquímica apresentou uma “solução” mais barata, resistente e durável: o nylon e outros polímeros plásticos tomaram conta da pesca industrial e artesanal. De um ponto de vista comercial, parecia uma revolução: redes de plástico eram mais leves, duravam mais e exigiam menos manutenção.

Só havia um pequeno problema: elas não desaparecem.

Redes feitas de plástico, como polietileno e poliamida, podem permanecer nos oceanos por mais de 400 anos. E o que é ainda mais grave: quando perdidas ou descartadas no mar, essas redes continuam a capturar e matar animais — sem parar.

🔍 Você sabia?
Mais de 640 mil toneladas de equipamentos de pesca são perdidos ou abandonados nos oceanos todos os anos. (Fonte: FAO/ONU)

Redes fantasmas: a armadilha invisível

O termo "redes fantasmas" se refere a redes de pesca que foram perdidas, abandonadas ou descartadas no mar e continuam a capturar animais marinhos de forma indiscriminada. Elas flutuam ou se depositam no fundo do mar, imperceptíveis a olho nu, mas letais.

A lista de vítimas é extensa: tartarugas, golfinhos, baleias, aves, tubarões e até mesmo corais são afetados por essas armadilhas invisíveis.

💀 Segundo o WWF, redes fantasmas são responsáveis por mais de 100 mil mortes de animais marinhos por ano.
(Fonte: WWF / NOAA)

Além da perda de biodiversidade, essas redes também prejudicam pescadores locais, que têm seus territórios invadidos por resíduos da pesca industrial e veem os estoques pesqueiros se esgotarem.

Por que isso ainda acontece?

Apesar do impacto já bem documentado, a produção e o descarte de redes plásticas continuam em larga escala. Entre os principais fatores estão:

  • Baixo custo do plástico na indústria global

  • Falta de regulamentação e fiscalização eficaz

  • Ausência de alternativas acessíveis para muitos pescadores

  • Descarte incorreto por grandes frotas pesqueiras

  • Desconhecimento da população sobre a origem e o destino das redes

É um problema sistêmico — e silencioso.

Uma nova trama é possível

Nem tudo está perdido. Em várias partes do mundo, surgem iniciativas que buscam transformar esse vilão em solução. Redes recolhidas do mar ou descartadas por pescadores estão sendo recicladas e transformadas em novos produtos, como tecidos, óculos, móveis e acessórios.

Além disso, há um movimento crescente pela rastreabilidade, pelo consumo de pescado responsável e pelo fortalecimento de cadeias curtas, que valorizam a pesca artesanal e não tratam o oceano como um recurso descartável.

💡 Quer fazer parte da mudança?

Na Marulho, a gente acredita que lixo do mar não precisa terminar no fundo do oceano. Nossos produtos são feitos com redes de pesca recicladas e criados junto a comunidades tradicionais que vivem do mar e com o mar.

💙 Conheça o impacto da Marulho e apoie essa nova trama azul.
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