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Todo plástico deve ser reciclado da mesma forma? Entenda os desafios do reaproveitamento no Brasil

Todo plástico deve ser reciclado da mesma forma? Entenda os desafios do reaproveitamento no Brasil

Os plásticos são classificados em sete categorias principais, identificadas pelos códigos de reciclagem que vão do 1 ao 7; desafios e métodos variam de acordo com o tipo do material

Mesmo com todas as inovações provenientes da tecnologia e do processo de digitalização, a reciclagem do plástico continua sendo um dos principais desafios ambientais da atualidade. Dentre as problemáticas envolvidas, a falta de conhecimento sobre o tema pode prejudicar o processo de reaproveitamento do material. A questão é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, nem todos os tipos de plástico podem ser reciclados da mesma forma.

"Para aumentar a taxa de reciclagem e reduzir o impacto ambiental, é essencial promover a conscientização sobre a separação correta dos materiais, incentivar a pesquisa em novas tecnologias de reciclagem e apoiar iniciativas de economia circular", ressalta a oceanógrafa Samara Oliveira. 

Os plásticos são classificados em sete categorias principais, identificadas pelos códigos de reciclagem escritos nas embalagens, no meio de um triângulo. Entre os mais comuns estão o Polietileno Tereftalato (PET), usado em garrafas de refrigerante; o Polietileno de Alta Densidade (PEAD), encontrado em embalagens de produtos de limpeza; e o Policloreto de Vinila (PVC), presente em tubos e mangueiras. Diferente dos tipos mais tradicionais, materiais como o Poliestireno (PS), conhecido como isopor, e os plásticos de uso múltiplo (categoria 7) apresentam grandes desafios para a reciclagem.

O principal deles está na composição e nos processos de separação. Muitos produtos contêm misturas de diferentes tipos de plástico, adesivos e tintas, o que inviabiliza a reciclagem convencional. Além disso, a infraestrutura de reciclagem ainda é limitada em diversas regiões, tornando o reaproveitamento ineficaz para certos materiais. Uma prova dessas barreiras é que, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), das quase 80 milhões de toneladas de resíduos geradas anualmente no Brasil, cerca de 4% são destinados à reciclagem. O número representa um baixo índice comparado com a média mundial, onde contam com países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, que apresentaram média de 16%.

As saídas para reverter este cenário estão ligadas a - paradoxalmente - o desenvolvimento de novos plásticos, mas de outra categoria: os bioplásticos. Esses materiais são derivados de fontes renováveis e podem ser biodegradados. "A produção de bioplásticos é uma alternativa. Além disso, empresas e pesquisadores estão investindo em processos como a reciclagem química, que permite a transformação de plásticos mistos em novos materiais", reforça Oliveira.

A especialista, que também é sócia da Marulho, produtora de itens sustentáveis feitos a partir de redes de pesca descartadas que está, neste momento, realizando um processo de reciclagem artesanal em pequena escala, também ressalta a importância da legislação e do sistema empresarial no processo de reaproveitamento.

"Políticas públicas que incentivam a logística reversa, a proibição de plásticos descartáveis e a educação ambiental são essenciais para uma mudança estrutural. Empresas também podem fazer sua parte ao adotar embalagens sustentáveis e incentivar consumidores a retornarem materiais para reciclagem", afirma.  Um estudo da ONG norte-americana Center for Climate Integrity mostrou que apenas 9% do plástico produzido globalmente pelas empresas é reciclado. 

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